Vejam só:
Lu, fizemos muita bagunça com espuma de barbear! Felipe amou e nomeava as partes de seu corpo para eu colocar o creme! Acho que a terapia agora será no banheiro! A mensagem, via SMS, chegou quinta passada. Era da Adriana, fonoaudióloga que começou a atender o Felipe recentemente.
É claro que nem sempre tudo é festa. Tem muito choro por motivos que não entendemos, comportamento opositor, muita agitação e a linguagem não progrediu muito. Mas vamos lá, muita calma nessa hora.
Ando meio sumida do blog porque, nesse período de mudanças, eu queria me dedicar mais à observação do desenvolvimento do Felipe. Mas precisava dar uma passadinha aqui para contar a todos que conseguimos (ufa!) uma escola para o principezinho. Essa é a mudança principal e que agora é o foco de nossas atenções. A escolhida é uma instituição regular, mas com um projeto estruturado de inclusão de crianças especiais. Já havíamos tentado vaga no ano passado, mas, na ocasião, não rolou. E eu chorei muito por isso. Só que, para quem acredita, Deus escreve certo por linhas tortas: 2012 acabou sendo um ano de estreitamento de laços importantes do Felipe com os amiguinhos da antiga creche.
Agora, Felipe está no primeiro ano do ensino fundamental, mas numa classe especial de alfabetização chamada de Alfa. São 6 crianças com dificuldades de aprendizagem. A ideia é que, quando estiverem alfabetizadas, elas sejam inseridas nas classes regulares. Por enquanto, trabalham a socialização em aulas como educação física e artes e no recreio.
Na minha visão, essa proposta tem pontos positivos e negativos. A vantagem é que o ensino na classe especial é num ritmo possível para o Felipe, com um currículo adaptado para a sua forma de aprender. O negativo é que os coleguinhas com quem Felipe está a maior parte do tempo, assim como ele, não interagem muito, pois não sabem bem como fazer isso. E aí a socialização fica, acho, um pouco prejudicada. Posso estar errada, claro.
E já que o assunto é o convívio de crianças especiais e neurotípicas (nome difícil para crianças com desenvolvimento normal) no mesmo ambiente escolar, queria fazer aqui uma ode à inclusão! Por que vale a pena incentivar o convívio de seu filho com uma criança especial? Porque ele vai conhecer melhor as diferenças e, portanto, dificilmente vai se tornar uma pessoa preconceituosa. Porque ele vai aprender que não existe só um jeito de brincar, ou de se comunicar, ou de ser, e se tornará alguém mais flexível. E porque ele vai aprender que estamos aqui para ajudar uns ao outros. Certo?
Até!
O sorrisão de Felipe ao experimentar o uniforme da escola nova |
Felipe (à esquerda), na formatura da creche, com os amigos do peito |
Lu, não tem como não ficar emocionada... E não torcer, muito, muito, por essas pequenas vitórias que na verdade são passos gigantescos no coração de uma mãe. E mesmo também sendo mãe, e já tendo passado por momentos cruéis, não acho que consiga dimensionar a sua força e a sua garra. Então, mais do que a minha torcida (na maior parte do tempo distante e silenciosa), você tem a minha admiração. Principalmente por dividir sua batalha e, com isso, ajudar tantos outros que enfrentam a mesma luta. Que sorte a do Felipe ter a mãe que ele tem. <3
ResponderExcluirCris, querida, não foi fácil tomar a decisão de expor nossas dificuldades! E eu de forte ñ tenho nada! Mas acaba ficando mais fácil lidar com tudo isso quando o assunto deixa de ser tabu. Obrigada pelo carinho! Beijão!
ResponderExcluirCertíssima, Lu ! E que bom poder ver este sorriso lindo do Felipe. Vamos superar as dificuldades e comemorar no final. Beijo grande!!
ResponderExcluirDani, obrigada pelo apoio!!!
ExcluirLu, você viu o programa da Fátima Bernardes ontem? Depois dá uma olhada!! Os pais de crianças autistas falam exatamente sobre isso: inclusão, escola, escola regular etc. Não conhecia seu blog. Seu filho é realmente um príncipe!!
ResponderExcluirBeijos!!!
Oi, Julia! Vi sim, foi ótimo, as convidadas Berenice Piana, Marie Dorion e outras foram super bem escolhidas. Obrigada pelo elogio ao Felipe, ele é liiiiindo! Beijo!
ResponderExcluirCertíssima!!! Conviver com as diferenças (de qualquer natureza, ainda que entre os próprios neurotípicos...) é sempre uma experiência enriquecedora em qualquer faixa etária! Cooperação e amor, pelo ângulo que vejo, dão sentido à vida. Parabéns, querida: pelos progressos, pela persistência, pelos filhos maravilhosos, por tudo! Vocês sempre me emocionam, muito. Saudades. Bjs!
ResponderExcluirIsolda, e eu só tenho a agradecer pela cooperação e pelo amor de vcs! Também estou com muita saudade, vamos resolver isso logo? Beijo!
ExcluirNossa, Lu! Que depoimento gostoso! A felicidade definitivamente está nas pequenas conquistas que vão enchendo nosso dia a dia de momentos deliciosos como esses! Sim, estou feliz pela nova escola! Pelo que Felipe aprenderá lá e pelo que a escola (funcionários e outros alunos)aprenderão com ele! Porque se tem coisa que esse pequeno príncipe sabe é ensinar com seu sorrisão e olhar sinceros! Hoje aprendi com ele que juntos "SOMOS MONSTROS" e nesse pequeno momento de compartilhar, sei que ambos crescemos muito! Parabéns mesmo pela família de vocês tão amável e guerreira e pela oportunidade de fazer parte dessa história real e linda! Muitos e muitos beijos!
ResponderExcluirAdriana, querida, nós (e aí estou falando tb pelo Felipe) estamos muuuuito felizes com o seu trabalho. Quem acha que tem hora de brincar e hora de aprender tá perdendo o melhor da vida: aprender brincando e se divertindo muito! Beijo!
ExcluirOi Lu!
ResponderExcluirQue notícias maravilhosas! Estava muito curiosa para saber como ele tinha se saído na escola nova!
Já tinha te falado que ele estava mais sociável no final do ano... ,mas tudo tem seu tempo...
O que mais me emociona, o que é mais cativante, são as constantes demonstrações de carinho dele com muitos beijos e abraços! Uma graça!
Bjs
Sim, amiga, beijar é com o Felipe mesmo! Hahahahaha
ResponderExcluirBeijão!